terça-feira, 22 de novembro de 2011

LONDRES, AMSTERDAM, NORMANDIA, VALE DO LOIRE, REGIÃO DE CHAMPAGNE E PARIS - OUTUBRO 2011

LONDRES 07 A 11/10/11

    


Os pontos turísticos mais divulgados encontram-se na região central de Londres. No entanto, não tenha a preocupação em ficar no centro, o essencial é ficar em uma região atendida pelo metrô.
Os bairros de Chelsea, Notting Hill e kesington são bairros que permitem uma experiência mais autêntica da vida em Londres. Todavia, não há como fugir das atrações óbvias em uma primeira viagem, como Big Ben, Palácio de Buckingham, London Eye, Trafalgar Square e Tower Bridge, mas procure caminhar pelos locais nem tanto turísticos que possibilitam conhecer como é a Londres dos locais.





O Hyde Park é um bom local para caminhar e curtir o "clima" Londrino, principalmente nos fins de semana. Um programa interessante é caminhar pela margem do Tamisa na região de South Bank até a Tower Bridge onde fica a prefeitura e a Torre de Londres.






Na Portobello Road em Notting Hill sexta, sábado e domingo acontece uma feira pitoresca na rua onde são vendidos desde comida a roupas usadas. No local foi gravado o filme Em um lugar chamado Notting Hill com Julia Robert e Hugh Grant. Na feira é possível adquirir produtos autênticos e comer na própria rua, comprando diretamente dos feirantes.




Para aqueles que curtem apresentações musicais é imperdível visitar o Royal Albert Hall, teatro onde há shows ecléticos e foram gravados especiais de bandas como The Who e The Killers. No prédio histórico há visitas guiadas, mas vale a pena conferir a programação com antecedência para assistir algum espetáculo. No dia em que estávamos em Londres fomos ao show dos americanos Crosby and Nash.



Percorrer o Regent’s Canal, em Camden Town, é um programa interessante. Partindo das proximidades da estação St Pâncreas chegasse pelo canal até a Little Venice passando pelos Mercados de Camden. Ao longo do canal é possível observar prédios residenciais e de escritórios, embarcações de fundo chato utilizadas como habitação, pescadores e londrinos praticando atividade física. O canal é um oasis na movimentada Londres.

Dicas restaurantes:

Na margem do Tamisa, ao lado de Vinópolis, o restaurante Wagamama – www.wagamama.com - em uma dica doca oferece noodles de qualidade com excelentes preços.
Boa pedida para comida italiana é o Jamie's Italian – www.jamieoliver.com . Comida de boa qualidade em ótimo ambiente a preços interessantes.

Para um jantar intimista o Maggie Jones no Kensigton é uma opção. A comida é simples pelo preço cobrado, mas o lugar é autêntico – móveis de madeira e flores secas decoram o ambiente. Vale a visita.

Le Pain Quotidien – www.lepainquotidien.com - para lanches, saladas, omeletes com produtos orgânicos de ótimo qualidade a preços acessíveis. Possui uma filial na estação St Pancreas onde parte o trem que atravessa o Eurotunel.

Excelente opção para aquisição de produtos de qualidade é o supermercado Whole Foods – www.wholefoodsmarket.com . Além de produtos típicos de um supermercado, oferece alimentos naturais e orgânicos na linha alimentação saudável.


Amsterdam: 11 A 17/10/11




















Conhecida por sua cultura de tolerância, a cidade a partir da estação central de trem, não é muito acolhedora. A estação, se comparada com outras na europa, mais parece uma rodoviária brasileira, suja e mal cuidada. O centro de informações em frente a estação é surpreendentemente pequeno. Como queríamos adquirir bilhetes do transporte público para 5 dias, tivemos que nos dirigir ao centro de venda de bilhetes da empresa de transporte público, anexo ao centro de informações, igualmente pequeno, onde tivemos que permanecer aguardando em uma longa fila. Inexplicavelmente no centro de informações e nas máquinas automáticas há a possibilidade de aquisição de tickets para no máximo 4 dias. Apesar das instalações, os atendentes do centro de informações são pacientes com os turistas e falam inglês fluentemente.


O sistema de transporte público: tram, metro e ônibus é integrado, o que facilita a vida do turista. Com um único ticket é possível usar todo o sistema. Os atendentes do centro de informações inclusive indicam o melhor transporte público para chegar ao hotel reservado. O metrô em Amsterdam apenas liga os bairros mais distantes à estação central. Para acessar as principais regiões de interesse se utiliza o tram, espécie de trem de superfície/bonde. No início encontra-se certa dificuldade, pois no mapa não há o nome das estações, há somente os nomes das ruas. No entanto, após breve utilização, facilmente é possível familiarizar-se com o sistema. Ficamos longe do centro. Próximo da estação Zuid do metrô. Decisão acertada. Além de ficar longe da muvuca do centro, o hotel ficava acessível pelo tram e metrô.
O centro de Amsterdam é aquele programa turistão. Todas aquelas atrações descritas em revistas são frequentadas por uma multidão de turistas de toda a Europa, principalmente nos fins de semana. A quantidade de turistas torna a parte central da cidade sem charme, suja e mal cuidada. O Distrito da Luz Vermelha – Red Light Discrict - é frequentado por pessoas estranhas, conferindo um ar de insegurança, principalmente próximo aos 'coffee shops', local de consumo de entorpecente. Aliás, no Distrito da Luz Vermelha, não imagine encontrar uma holandesa daquelas típicas da torcida da copa do mundo.
Apesar da arquitetura, a parte central da cidade não é muito acolhedora.
O bairro Jordan é uma opção interessante à região central. Há mais restaurantes e lojas descoladas ao longo dos canais. Devido ao trânsito intenso de bikes, inclusive com engarrafamento delas, você se sente um tanto desestimulado a alugar uma. Não espere encontrar ciclistas pedalando descontraidamente pelas ruas. Os ciclistas em  Amsterdam tem pressa. Aqui a bicicleta é de fato um meio de transporte e como em todas as cidades, as pessoas tem pressa de chegar ao seu destino.

Há muitos museus. Mas programa imperdível é visitar a casa de Anne Frank. O anexo onde permaneceu ela e sua família escondidos nos anos da ocupação permanece intacto com exceção da mobília que foi confiscada pelos alemães.




“Programão” em Amsterdam é andar pela cidade sem pressa observando a arquitetura peculiar e os canais que cortam a cidade.







Pela curiosidade, experimente o “croquete de parede” típico salgadinho holandês. Você os adquiri em pequenas vitrines com a inserção de moedas.





Dicas restaurantes:



Cafe Amsterdamwww.cradam.nl -: localizado em uma antiga fábrica, frequentado principalmente por locais, um pouco afastado do centro, tranquilo, acessível via tram. Local charmoso e com boa comida boa e simples.





Witteveen – www.brasseriewitteveen.nl – ambiente moderno e informal. A comida vai de burgers a pratos mais elaborados.






Envy – www.envi.nl -: Em um ambiente sofisticado e minimalista, porém acochegante, o menu de degustação permite uma viagem surpreendente, onde o chefe decide os caminhos a serem seguidos.




Dica hospedagem:
CitzenM – www.citizenm.com – o hotel apresenta uma proposta inusitada. A disposição e o conceito dos quartos remetem ao Distrito da Luz Vermelha. Oferece internet wi fi de alta de velocidade, luzes, cores, ar condicionado e cortinas com comandos no controle remoto da TV. O quarto é pequeno e minimalista. Destaque para o hall de entrada com vários mobiliários e livros de design. Com certeza um conceito ousado de hospedagem. Não recomendado para famílias em virtude do espaço dos quartos.


FRANÇA
Normandia 17 a 20/10/11

A região da Normandia é imperdível para aqueles com interesse na Segunda Guerra Mundial. O destaque da região como não poderia ser diferente é o “Dia D”.
Caen é a cidade com melhor estrutura próxima aos pontos do desembarque a serem visitados, no entanto, não possui nenhum atrativo.
O Hotel Adagio Caen é uma boa opção para hospedagem. É um apart hotel recém inaugurado, localizado no centro da cidade.
A partir de Caen é possível seguir pela costa e visitar as praias utilizadas para o desembarque e onde foram travados violentos combates: Sword, Juno, Gold, Omaha, Utah e a cidade de Saint-Mére-Église local de desembarque dos paraquedistas americanos. O percurso é relativamente curto, sendo possível em dois dias visitar toda a região

Alguns pontos são visitas obrigatórias para entender o desembarque. Destacamos a Fortaleça Artificial de Arromanches local de desembarque das forças britânicas e onde foi construída uma arrojada obra de engenharia pelos alemães; Long Sur Mer onde é possível ver algumas baterias alemãs de longa distância (16km) preservadas e bunquers utilizados pelos soldados; Pointe Du Hoc rochedo justaposto ao platô sobre falesias de cerca de 30m de altura considerado instransponível pelos alemães a partir do mar. O local encontra-se preservado como foi deixado após os borbadeios. É possível no local ter uma idéia da violência dos combates pelas crateras provocadas pelas bombas. Na praia de Arromanches é imperdível a visita ao cinema de 360 onde é possível sentir-se no próprio combate.

Imperdíveis também são as visitas aos cemitérios militares americano e alemão. O cemitério americano localiza-se na praia de Omaha local onde houve maior resistência pelos alemães. No cemitério há mais de 9.000 cruzes brancas. Uma para cada soldado americano morto durante os combates. Nas cruzes há indicação além da data da morte do soldado o nome deste e o seu local de residência. No cemitério há um museu com registro do cronograma da guerra, história de soldados e equipamentos utilizados na guerra pelos americanos. A visita emociona. 
O cemitério Alemão em La Cambe, o maior da Normandia, é visita obrigatória. Austero, sombrio e discreto com cruzes de pedras escuras que lembram bronze. No local encontram-se enterrados mais de 20.000 soldados alemães. Em cada placa encontram-se dois soldados com indicação do nome, data de nascimento e morte. Surpreendendo a idade dos combates: há maioria entre 18 e 20 anos. No local é possível obter-se informações sobre outros cemitérios alemães espalhados nos países ocupados, inclusive descobrindo que os maiores se encontram em São de Petesburgo na Russia com mais de 85.000 soldados e na Belgica com mais de 39.000.


Seguindo em direção a oeste chega-se a construção fortificada do Mont Saint-Michel. No local há vários restaurantes, inclusive hotéis. Por se encontrar em uma planície alagadiça pela maré sua visão impressiona. O local é bastante procurado por turistas a maioria deles contratam excursões de 1 (um) dia a partir de Paris.




Vale do Loire 20 a 22/11/11:

O Vale do Loire é um destino para quem admira castelos e tem interesse pelos reis e rainhas da França e paisagens bucólicas.
A cidade mais interessante do Vale é sem dúvida Amboise: pequena e aconchegante, mais parece uma vila. Localizada no centro do vale, é uma ótima opção de apoio para visitação dos castelos, principal atração da região. Há vários restaurantes na cidade e opções de hospedagem, inclusive da rede Arcor (Ibis, Mercure, Etap) além dos bed and breakfasts. O castelo no centro da vila não é muito interessante. O imperdivel é a visita a casa onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos anos – Château du Clos Lucé www.vinci-closluce.com - no centro da cidade. É um programa para uma tarde. Esqueça a faceta artística do mestre, no château você conhecerá o da Vinci engenheiro militar, civil e arquiteto. Há reprodução dos desenhos de seus projetos e as respectivas maquetes, inclusive com animações computadorizadas onde é possível conferir a genialidade do mestre e como estava ele a frente de seu tempo. Afinal Da Vinci que concebeu a bóia salva vidas e os rolamentos morreu em 1519 com 67 anos. Nos jardim há várias obras de engenharia de Da Vinci em tamanho natural sendo possível divertir-se testando-as.
Blois e Tour indicadas em muitas revistas como cidades para ficar no vale são sem charme e desinteressantes. Como o vale é curto, a dica é ficar nas cidades menores como Saumur e Amboise. A partir delas é possível acessar os principais castelos da região, principalmente a partir de Amboise que fica no centro do vale. São vários os castelos da região, escolha os mais interessantes para fazer a visita. Nos centros de informação turística é possível obter mapas da região do Loire com a localização e fotos dos castelos.


Optamos por visitar o castelo de Chambord em Blois pela escada helicoidal - especula-se ser projeto de Da Vinci- e suas inúmeras torres e monumental tamanho: são 440 salas, 365 lareiras e 84 escadarias.





O castelo de Cheneceau a 11 km de Amboise destaca-se por ser construído sobre um rio e apesar de pequeno, é muito charmoso. Ao longo da rodovia que margeia o rio Loire há indicação dos castelos tornando fácil a visitação. Como o vale é curto, pouco mais de 60km, é possível visitar vários castelos utilizando uma mesma cidade como base. No vale também são populares os passeios de balão.



Região de Champagne 23 a 26/11/11


Em Reims, cidade onde foi assinada a rendição alemã em 7 de maio de 1945 - há um museu dedicado ao tema - a catedral Notre Dame é visita imperdível. A catedral possui mais de duas mil estátuas o que impressiona. Reims possui boa estrutura para receber os turistas com vários restaurantes concentrados no centro. No entanto, definitivamente o que justifica a visita Reims é o champagne.
No centro da cidade encontram-se, entre outras, as caves Mumm, Pommery, Taittinger, Deutz e Veuve Clicquot.
No centro de informações ou nos hotéis é possível obter um mapa da Rota Turística de Champagne, circuito a ser realizado de carro onde é possível visitar inúmeros pequenos produtores, degustar e adquirir champagnes de excelente qualidade por preços extremamente acessíveis.
Pela rota a partir de Reims é possível chegar a cidade Epernay a 30km, onde se encontra a conhecida cave Moet Chandon.




A Moet como a Mumm e a Veuve Clicquot possui visitação com degustação de champagne ao final da tour.

Durante a tour é explicado o processo de produção do champagne e outros detalhes, visitando-se as instalações das caves.

Nos pequenos produtores é possível fazer a degustação, não havendo tour. A degustação nestes casos às vezes é feita na própria casa dos produtores que sempre esperam a aquisição de um de seus produtos como forma de pagamento. O horário de atendimento nas caves em geral é da 9h as 12h e das 14h as 15h30, não havendo necessidade de agendamento prévio. O atendimento, ao contrário das grandes caves, é somente em francês o que dificulta a comunicação.
Quanto a hospedagem, o Novohotel da rede Accor é uma boa opção. Além de novo, se localiza há cerca de 10min do centro de Reims, possuindo estacionamento e internet. O hotel encontra-se ao lado da estação de trem que liga Reims a Paris via TGV, percurso feito em 45min. Se você não estiver disposto a alugar um veículo para percorrer da rota turística de champagne e acessar os pequenos produtores a dica é pegar o TGV para Reims logo cedo em Paris e passar o dia na cidade.

Paris 26 a 31/11/11

Chegando de carro em uma terça-feira ao meio dia em Paris com trânsito intenso, motoristas apressados trancando cruzamentos, buzinando com frequência, veículos de cargas estacionando na própria via e motociclistas trafegando em ziguezague entre os veículos, a cidade não parece nem um pouco com aquela Paris romântica retratada em revistas, livros e filmes. Paris também não parece muito amigável após se deixar o carro na estação Gare du Nord e começar a percorrer suas ruas, constatando-se a quantidade enorme de fumantes e pessoas mal humoradas. Igualmente, o parisiense, pouco amistoso em cafés e no próprio hotel, deixam a primeira impressão de se estar em outra cidade, mas não em Paris.
Em uma primeira viagem a Paris não há como fugir dos passeios óbvios: torre Eiffel, Arco do Triunfo, Praça da Concordia, Louvre, Opera, Trocadeiro, Pompidou, Galerias Laffayette, etc. E, prepare-se, haverá sempre fila: todos os viajantes farão estes mesmos passeios e você se sentirá um "turistão" no meio daqueles grupos de japoneses e suas potentes câmeras. Relaxe, faz parte. Mas a melhor maneira de aproveitar Paris é percorrer suas ruas descompromissadamente à pé e descobrir seus locais interessantes.



O ideal mesmo é ter um amigo que morou na cidade e indique lugares escondidos, impossíveis de serem descobertos em permanências curtas. Uma dica de uma amiga que morou em Paris nos levou ao restaurante Eat Tokyo, local descolado com comida excelente.






Já para aqueles que apreciam café uma visita à boutique da Nespresso na Champs Elysses é programa obrigatório. O local é agradável para ficar sem demora degustando os aromas dos cafés.





Outro local para curtir uma Paris dos locais é a rua Montorgueil no bairro Les Halles. Há vários bons restaurantes e venda de produtos nas calçadas como flores, peixes, queijos, vinhos, etc. O restaurante Le Marie Stuart tem ótimas opções de pratos a preços interessantes e à noite tem um clima de pré-balada. Outra opção interessante é o restaurante Le Comptoir Du Comerce com ótimas saladas.
Imperdível também é circular pelas ruas de Siene e Buci no Quartier Latin, local para escolher um restaurante e curtir o movimento na rua, sem pressa. Na mesma linha são as ruas estreitas de Vieilelle-du-Temple e De Rosiers em Les Marais com vários restaurantes e cafés. Não se engane em ficar no toldo dos cafés e dos restaurantes, salvo se você é fumante. O número destes em Paris é impressionante. Por isso é certo que você terá a companhia de um fumante na mesa ao lado e ficará respirando a fumaça dele.
Para observar Paris em 360 graus siga para Tour Montparnasse, a vista da torre Eiffel e de outros prédios é uma opção interessante ao tradicional acesso à torre. Uma dica: chegue ao entardecer para observar a cidade “by day and by night”.

Outra sugestão de uma Paris sob um ângulo diferente é uma tour de bike. Há uma empresa especializada localizada no Hôtel de Ville - prefeitura - junto a um estacionamento na saída da estação do metro que faz passeios todos os dias com grupos de no máximo 12 pessoas. Inclusive, no verão há tours noturnas. O percurso é completamente plano, não exigindo muito preparo físico. No entanto não espere ciclofaixas interligadas, sinaleiras para bikes. O percurso será sobre calçadas, na contramão, dividindo vias com pedestres e veículos. Se conseguir, faça a tour no domingo quando o trânsito é mais tranquilo. O percurso inclui ruas e sítios pouco conhecidos, como, por exemplo, a casa onde morou Jim Morrison.  No site www.bikeabouttours.com você obtém as informações sobre a tour.
Para os aficcionados por música, uma visita a FNAC é programa obrigatório. Esqueça a americana Virgin. O acervo de cds e vinis da FNAC é impressionante. Além de discos fora de catálogo no Brasil, você encontra raridades e caixas lançadas apenas na Europa. Infelizmente, os preços não são muito interessantes.
Talvez a definição melhor de Paris ou sugestão que possa ser dada é “ficar sem pressa”, “curtir a cidade”, tarefa difícil na primeira visita. Acompanhar o fluxo apressado dos turistas não é definitivamente o programa ideal para captar o espírito da cidade.


Algumas Dicas:
Em Paris, caso a permanência seja maior de 3 dias o ideal é alugar um estúdio ou apart hotel com cozinha completa onde é possível preparar algo no próprio quarto, abusando dos queijos, patês, vinhos e baguetes.

Uma boa forma de se deslocar para o aeroporto Charles de Gaulle, para aqueles que se encontram no centro de Paris, é utilizar o serviço de ônibus RoissyBus. Paga-se o valor de €10,00 por pessoa pelo traslado direto Paris/aeroporto ou aeroporto/Paris. É possível adquirir o bilhete em algumas estações do metro e no próprio ônibus. Para o aeroporto o ônibus parte da Ópera de Paris. A frequência é a cada 10min e o trajeto é percorrido em aproximadamente 1h. Esta é uma opção interessante pois o metrô em várias estações não possui escada rolante nem elevador. No aeroporto pode-se procurar o serviço nos totens com indicação Paris by bus.

Sempre vale a pena passar pelo centro de informações quando visitar a cidade. Em Reims descobrimos um show de luzes na catedral de Notre Dame em comemoração aos 800 anos de sua construção.

Na App store é possível baixar, sem custos, o aplicativo do metrô de Paris - guide paris. Para saber o percurso a seguir basta indicar a estação de partida e indicar a de chegada para obtenção da rota a ser seguida. O aplicativo funcionava offline.

Nas autoestradas francesas, identificadas pela letra A onde velocidade máxima é de 130km/h, é cobrado pedágio em valores elevados. Chegamos a pagar €20,00 para percorrer 120km. No entanto, há opções de vias não duplicadas sem a cobrança de pedágios onde o limite de velocidade é menor. O preço da gasolina sem chumbo estava em um euro e sessenta e dois centavos o litro.

Nas auto estradas francesas os postos de combustíveis na região da Normandia, Vale do Loire e região de Champagne são poucos, por isso é um risco viajar sem autonomia considerável de combustível.

Poucas pessoas no interior da frança falam inglês, se não estiver em um local de grande apelo turístico dificilmente encontrará alguém que fale inglês.
Se você gosta das visitas audioguiados confira na internet a possibilidade de baixá-las na App Store. Em alguns locais como a casa de Leonard Da Vinci é possível ser baixado o aplicativo no próprio local sem custos.

Na Normandia, nas praias onde ocorreu o desembarque há poucos hotéis, mas há indicações de bed and breakfast. Em regra são acomodações simples com café da manhã que você reconhecerá pela indicação “Chambres”.

Os franceses costumam jantar a partir das 7h. Nas cidades menores os restaurantes deixam de servir refeições a partir das 21h.

Não dispense um mapa rodoviário ainda que você viaje com GPS. As vezes o GPS não traça a melhor rota.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

MOJAVE; LAS VEGAS; DEATH VALLEY; YOSEMITE; GRAND CANYON


             
 No final de 2010, quando retornávamos da Nova Zelândia decidimos participar de uma corrida nos EUA aproveitando que estaríamos de férias em fevereiro de 2011. Pesquisando em sites especializados descobrimos que neste período ocorreria a DEATH VALLEY BORAX HALF AND MARATHON e utilizando o evento como ponto de partida programamos a viagem.

Por se encontrar o Death Valley próximo ao estado de Nevada, estabelecemos como pontos chaves da viagem Las Vegas, Grand Canyon, Yosemite Park e o Sequóia National Park. Decidimos ser Las Vegas o ponto de chegada e saída por ser a cidade com maior estrutura e próxima dos principais pontos de interesse da viagem.



Inicialmente tentamos adquirir as passagens com milhagem pela American Airlines, no entanto, desistimos desta opção por serem os vôos longos, com várias escalas o que tornaria a viagem extremamente cansativa. Assim, compramos pelo ‘site’ Decolar as passagens pela American Airlines que apresentavam melhor valor e menor tempo de viagem, com uma única escala em Dallas. Partimos do Brasil no dia 1º de fevereiro e chegamos em Dallas dia 2. Já na saída do Brasil fomos informados das tempestades de neve que assolavam os EUA, inclusive vôos para a costa leste haviam sido cancelados. Chegamos em Dallas no tempo previsto, no entanto, nosso vôo para Las Vegas às 7h30 foi cancelado em virtude das condições climáticas e apenas embarcamos para Las Vegas no período da tarde. Em Dallas fomos informados que no dia anterior o aeroporto havia permanecido fechado devido a severidade das tempestades, tanto que o período recebeu o apelido de “Snowgedon”. Sabíamos desde o início do planejamento da viagem que haveria riscos de tais intempéries em virtude de ser inverno no hemisfério norte, inclusive de que o acesso ao Yosemite Park estaria fechado, pois a highway 120 que corta o Yosemite permanece fechada durante o inverno nos desfiladeiros de Tioga e Sonora o que nos impediria conhecer a cidade fantasma de Bodie considerada a mais autêntica e preservada da época do Velho Oeste e o Mono Lake, considerado o mar morto da Califórnia e onde recentemente foi encontrada a única forma de vida (microorganismo) no planeta que tem em sua composição arsênio ao invés de fósforo.

Após três horas no interior do avião, aguardando na fila para decolagem em decorrência dos vôos atrasados e medidas de segurança para não congelamento da fuselagem, partimos para Las Vegas. O vôo, como o do Brasil para Dallas não apresentou nenhum contratempo e chegamos por volta das 6h em Las Vegas, sem tempo hábil, no entanto, para irmos ao show da Cher que infelizmente encerrava naquele dias as apresentações na cidade. Como estaríamos em Las Vegas em três oportunidades distintas, optamos ficar em hotéis diferentes, mesmo porque uma das atrações da cidade são os hotéis temáticos.
Nas duas primeiras noites na cidade optamos pelo Hotel Wynn que, por não ser final de semana, apresentava diárias mais acessíveis (chegamos a cidade quarta-feira). No hotel, na hora do check in, acolhemos a sugestão do atendente e fizemos um upgrade da acomodação mais simples para a suíte Deluxe com vista panorâmica, a final estávamos na cidade dos exageros. A decisão de fato mostrou-se acertada.

 O hotel de fato é fabuloso com excelente estrutura (academia, piscinas, etc), ficando evidente a preocupação com os mínimos detalhes, desde a limpeza impecável até as condições gerais do hotel que não apresenta sinal algum de desgaste. É claro que o hotel possuía aquele famoso exagero típico de Las Vegas que reconhecidamente não possui o charme e o ar descolado de outras cidades americanas, como New York. A cidade, com seus hotéis temáticos e exagerados, remete a um parque de diversões com opções para todos os públicos, com atrativos muito além dos cassinos que fizeram sua fama. Talvez uma boa definição para cidade tenha sido dada por um amigo que a pouco havia visitado a cidade: Disney para adulto. Desde a chegada é perceptível que praticamente tudo acontece na Las Vegas Boulevard, rua onde estão os principais hotéis. 

Este primeiro período em Las Vegas seria para descansarmos da viagem porque no sábado, dia 5, teríamos a corrida pela frente no Death Valley. Assim, nos limitamos a curtir a estrutura do hotel e irmos ao show ‘Beatles Love’, do Cirque Du Soleil, que é fantástico, fazendo jus as críticas positivas que havíamos lido sobre ele. Para os fãs dos Beatles é programa imperdível.  

Na sexta-feira, já com o carro que alugamos do Brasil (Avis) e após passarmos no supermercado Whole Foods e comprarmos algumas provisões porque sabíamos que no Death Valley a estrutura é bastante simples, seguimos em direção ao local da prova, distante 230km de Las Vegas. Percorremos as highways 95 e 190 até Furnace Creek. O acesso é por uma estrada sem movimento que corta o deserto do Mojave.
O Death Valley (vale da morte) localiza-se no estado da Califórnia próxima a divisa do estado de Nevada, sendo o vale o ponto mais profundo, mais árido e quente da América do Norte. Em julho de 1913 foi registrada a temperatura mais alta do planeta 56,6 C. No inverno, a temperatura mais baixa registrada no vale também foi em 1913 - 9,4C. Em 1996 foi registrado o verão mais quente e prolongado: 40 dias com temperatura acima de 48ºC!.

Badwater um pequeno lago turvo de água salgada a 86m abaixo do nível do mar é o ponto mais profundo das Américas. É interessante caminhar pela planície de sal do Badwater para sentir a desolação do Death Valley. O nome Badwater decorre da alta concentração de sal na água que a torna imprópria para consumo. Aliás, o nome Vale da Morte decorre do período da exploração do oeste americano em que muitos exploradores perderam a vida no local devido ao clima inóspito.
Programa interessante para aqueles que visitam o Badwater é percorrer a ‘Artits Drive’ via de mão única que passa em meio a colinas esculpidas pela erosão.
       Outro ponto de interesse no Vale da morte, além do Badwater (onde é disputada uma ultramaratona, são 217km, no mês de julho - em pleno verão no hemisfério norte! -) é o Zabriskie Point. O local possui uma paisagem árida formada pela erosão onde pode ser observado o melhor por do sol do vale. Percebemos que o Death Valley é muito explorado por ciclistas, além dos tradicionais motociclistas com suas Harley Davidson.
 A estrutura do Death Valley como já prevíamos é bastante simples, havendo poucas opções de hospedagem dentro do vale. O The Ranch Furnace Creek, foi nossa escolha por ser o local da largada e chegada da corrida. As acomodações são bastante simples. Apesar da acomodação simples o local é bem cuidado e agradável, destacando-se a piscina externa aquecida que pode ser usada inclusive no inverno.
Após a corrida, realizada no sábado, dormimos no Death Valley e no domingo pela manhã seguimos em direção a Fresno, distante 550km do ponto em que nos encontrávamos. O percurso pela Highway 190 no Death Valey é interessante em virtude da desolação do local – no Dante’s View é possível ter uma vista geral do vale - o que nos fez pensar na dificuldade encontrada pelos primeiros exploradores da região.

Ao término da highway 190 chega-se a highway 395 onde é possível seguir em direção ao norte para o Mono Lake e a cidade fantasma de Bodie, ingressando no Yosemite Park pela entrada leste ou seguir em direção ao sul e ingressar no parque pela entrada oeste. Por sabermos que a rodovia 140 que corta o parque permanece fechada de novembro a maio na altura do desfiladeiro Tioga, fomos obrigados a utilizar a entrada oeste, próxima a Fresno. Seguimos em direção ao sul entrando na highway 178 e a seguir na highway 155, onde, chegando a cidade de Delano seguimos pela highway 99 até Fresno. A opção de seguir pela 155 a Delano, caminho mais curto, não se mostrou a mais apropriada. A rodovia é extremamente sinuosa e, em razão da altitude, apresenta nesta época do ano gelo na pista com possibilidade de ser fechada, circunstância que tornou sua travessia bastante perigosa.
Em Fresno ficamos no Best Western Fresno Inn localizado próximo a um shopping e uma filial do restaurante Cheesecake Factory que além da qualidade, apresenta preços interessantes. O hotel, por sua localização torna-se uma excelente opção de hospedagem.
A cidade de Fresno não possui atrativos sendo apenas ponto de apoio para a chegada ao Yosemite.
No dia seguinte, partimos para o Yosemite no início da tarde. Nosso destino seria o Hotel Tenaya Lodge localizado na entrada do Yosemite Valley para aqueles que partem de Fresno. Seguimos pela highway 41 e a seguir entramos na highway 140. Felizmente o tempo estava bom e a estrada de acesso ao hotel e ao Yosemite Valley abertas.
O hotel Tenaya Lodge fica na entrada do parque, cerca de 45min do centro de visitantes – Yosemite Village. O hotel possui boas acomodações com quartos amplos, possuindo dois restaurantes o que é interessante porque não há cidades próximas e devido a época do ano, o deslocamento à noite é complicado diante da possibilidade de gelo na pista e neblina.

Permanecemos no hotel por 3 (três) noites, o que nos permitiu ficarmos dois dias inteiros no parque – o acesso ao parque é pago: U$ 20,00 por veículo com validade de 7 (sete) dias. Neste período fizemos algumas trilhas próximas ao centro de visitantes. Para aqueles adeptos de hikking aconselhamos um período maior. No entanto, nesta época do ano muitas trilhas e estradas ficam fechadas o que limita as atividades, mas a visita neste período proporciona, em contrapartida, um visual diferenciado e um menor número de pessoas, pois vale lembrar que o Yosemite é o parque mais procurado pelos americanos no verão o que o torna tumultuado e não aconselhável neste período e em feriados prolongados.

 No Yosemite Village onde fica o centro de visitantes, é possível obter todas as informações sobre as atividades no parque e sua história, existindo no local acomodações que vão desde campings a hotéis, há também um supermercado e restaurantes, sendo possível comprar lanches para trilhas.

A permanência prolongada na região do parque é indicada para aqueles que curtem atividades ao ar livre, especialmente hikking.
Infelizmente por se encontrar a highway 140 fechada retornamos a Fresno. O ideal seria seguir pela 140, cortando todo o parque até a highway 395 onde seria possível visitar o Mono Lake e a cidade de Bodie. Em nosso roteiro este dia estava em aberto, pois não sabíamos, devido a época do ano, se conseguiríamos visitar o Yosemite. Tivemos sorte que o período do ‘snowgedon’ havia se encerrado no dia anterior a nossa chegada em Dallas e, nos dias seguintes foi retirada a neve da highway 140 encontrando-se o acesso a Yosemite Village liberada.
De volta a Fresno optamos novamente pelo Hotel Best Werstern devido a sua boa relação custo/benefício. Além da localização, o café da manhã e Internet de alta velocidade incluídos na diária são pontos fortes do hotel.
Nosso próximo destino seria o Sequóia National Park onde se localiza a Giant Forest.
De Fresno seguimos pela highway 180, rota cênica pela visualização das sequóias gigantes. Para ter acesso ao parque é necessário pagar U$ 20,00 por veículo, podendo este ingresso ser utilizado por sete (7) dias.
O ponto alto da estrada é a Giant Forest onde é possível ver ao longo da estrada as sequóias gigantes. No percurso se observa a terceira maior árvore do mundo a The General Grant Tree com 1.254 toneladas, 82m de altura, 33m de circunferência e 1.700 anos. Ainda é possível ver a maior árvore do mundo a The General Shermann Tree com 1.385 toneladas, 84m de altura, 31 metros de circunferência e 2.200 anos. A visualização das sequóias ao longo da rodovia é o que justifica a visita ao parque.

Deixamos a highway 180 que atravessa o parque das Sequóias e seguimos pela highway 65 com destino a Bakerfield, 230km de Fresno, com o objetivo de pernoitar na cidade. Em Bakerfield ficamos no hotel Spring Suítes By Marriot. Hotel simples com destaque para o café da manhã incluído na diária, com boa variedade de itens. A cidade não apresenta pontos de interesse.
Pela manhã seguimos em direção a Barstow, pela rodovia 58 e, na cidade de Mojave pegamos a 14 até Inyorkern, visitando no trajeto o Red Rock Canyon State Park, localizado nas margens da rodovia. A partir de Bakerfield o cenário volta a ser o deserto de Mojave. Apesar de algumas formações interessantes, o Red Rock não impressiona, como não impressiona a rodovia 14 para aqueles que já visitaram o vale da morte.

 Chegando em Inyorkern seguimos pela rodovia 395 sentido sul até o entroncamento com a rodovia 58 que dá acesso a Barstow, cidade cortada pela mítica rota 66. Ainda na hihgway 395 visitamos uma surpreendente loja de antiguidades com várias quinquilharias referentes a rota 66 e outros produtos vintage. Percorrer a loja, independente de qualquer compra já vale a parada. Ainda encontraríamos outras lojas de antiguidades quando percorremos um trecho da rota 66, mas não com a variedade de produtos autênticos.
Após a aquisição de alguns itens, seguimos para Barstow. A cidade foi importante ponto de apoio para aqueles que seguiam de Chicago a Los Angeles pela rota 66. Barstow hoje é uma cidade decadente, sem pontos de interesse a não ser o fator histórico de ser cortada pela legendária rota 66. Na cidade ficamos no hotel Best Werstern Villa Inn que, na verdade, trata-se de um motel, com pouca estrutura, mas dentre as poucas opções foi a que julgamos a mais interessante. A cidade possui um museu dedicado a ferrovia com algumas locomotivas. Nos guias de viagem e revistas a cidade é referida como um ponto de compras, no entanto, as outlets não fazem sombra as localizadas na cidade de Las Vegas.              

 Outra atração de Barstow é Calico Ghost Town. Calico foi uma cidade fundada em 1881 onde foi extraída grande quantidade de prata. Em seu auge a cidade possuía 4mil habitantes. Com a queda do valor da prata em 1895, a cidade foi abandonada. Hoje os prédios de madeira remanescentes do período dão uma idéia de como eram as cidades no período do Velho Oeste, fato que justifica a visita apesar de hoje a cidade estar um tanto descaracterizada, mas por se encontrar nas margens da rodovia, a visita é um programa interessante. 
De Calico seguimos pela highway 15 em direção a Las Vegas, 330km de Barstow onde faríamos o pernoite para seguirmos em direção ao Grand Canyon. Nesta noite, em Vegas, ficamos no hotel Bellagio que consideramos o melhor entre aqueles que utilizamos. O Bellagio, assim como o Wynn, preocupasse com os mínimos detalhes.
A concepção do hotel é de um vilarejo italiano. Um dos pontos altos do hotel é o show das águas (dancing fountains) que ocorre em intervalos de 15 minutos em frente ao hotel e pode ser visto por aqueles que passam pela Las Vegas Boulevard, também conhecida por ‘The Strip’. Aproveitamos o resto dia para curtir a estrutura do hotel e descansarmos.
No dia seguinte, à tarde seguimos para o estado do Arizona pela highway 93 até Kingman e pegamos a highway 40 sentido leste em direção a entrada sul do Grand Canyon, South Rim, distante 445km de Las Vegas. A entrada sul é a que possui maior estrutura para atender o turista. Na cidade de Willian pega-se a rodovia 64 que termina na entrada do parque. Ficamos no hotel The Grand Hotel. O local onde se situa o hotel, Tusayan, alguns minutos da entrada do parque, possui uma pequena estrutura com postos de combustíveis, lanchonetes e um supermercado. Na Grand Canyon Village, no interior do parque, há uma estrutura semelhante. Aqueles que dormem no Grand Canyon devem ficar atentos porque os restaurantes fecham às 21h nesta época do ano. A entrada sul do Grand Canyon é a mais interessante e possui maior estrutura. No centro de visitantes é possível adquirir mapas para hikking pelo parque.

O acesso ao parque é pago. O ingresso, válido por 7 (sete) dias custa US$ 25,00 por carro ou US$ 12,00 para pedestres, motociclistas ou ciclistas. O ingresso inclui o serviço de shuttle bus que circula pelo parque em três linhas e que permite desembarcar em todos os mirantes próximos ao centro de visitantes.

As trilhas que descem por 1500 metros até o rio Colorado, base do cânion, são difíceis e exigem preparo físico. Para aqueles que não são adeptos de hiking é possível, de carro, circular pela borda superior do Grand Canyon e parar em mirantes específicos demarcados em mapas que são fornecidos no centro de visitantes. Há também a opção de utilização do serviço de shuttle bus, ou mesmo fazer o percurso pela trilha plana pavimentada que contorna a parte superior do cânion planejada para crianças, idosos e cadeirantes.
Optamos por fazer a trilha South Kaibab Trail que possibilita cruzar para o North Rim pela Kaibab Suspension Bridge distante 5,5 km do ponto inicial da trilha. A trilha apesar de curta exige preparo físico e a disponibilidade de um dia em razão da longa descida e respectiva longa subida no retorno. As trilhas que dão acesso a parte inferior do Grand Canyon são um programa imperdível para aqueles adeptos de hiking e exigem uma permanecia maior no parque. O período de duas noites que reservamos para visitar o parque foi insuficiente para explorarmos todas as atrações, especialmente as trilhas da base do cânion com vistas de perder o fôlego.


Imperdível e programa concorrido para aqueles que visitam o parque é o por do sol de qualquer mirante do parque.

No retorno para Las Vegas passamos na cidade de Williams localizada na mítica rota 66. A cidade não tem grande interesse a não ser o fator histórico e as reminiscências da rota 66 que cruza a cidade. A cidade frustra as expectativas de quem busca artigos genuínos da época áurea da rota 66 quando ela era a principal ligação de Chicago a Los Angeles. Os artigos à venda são em sua quase totalidade réplicas feitas em escala comercial que pecam pela falta de originalidade.

Após uma breve visita a Williams, retornamos a Las Vegas pela rodovia 40. Com o objetivo de passarmos por um autêntico trecho da route 66 em Ash Fork deixamos a rodovia 180. Este trecho da rota 66 até Kingman que não se encontra sobreposta as modernas highway é pitoresca, passando por algumas cidades com vários postos de gasolina abandonados e construções decadentes. Atualmente as highways substituíram a rota 66 e poucos trechos foram mantidos da rodovia original.









Após Kingman, já na highway 93, seguimos em direção a entrada oeste do Grand Canyon (West Rim), localizada apenas 204 km de Las Vegas. Nosso objetivo era conhecer a Skywalk. Após um trecho de estrada sem pavimentação chegamos as 16h na entrada do parque. No entanto, o acesso ao parque já estava fechado. No centro de visitantes descobrimos que o estado do Arizona possui fuso horário 1h a mais do que o estado de Nevada e na verdade eram 17h. Apesar da impossibilidade de nos aproximarmos da borda do cânion percebemos que a entrada sul é mais bonita e a única justificativa para visitar a entrada oeste é o interesse em andar na Skywalk. No acesso a entrada oeste do Grand Canyon passa-se por uma floresta das típicas e pitorescas árvores de Josué – Joshua Tree.

Já noite seguimos para Las Vegas. Ao passarmos pela barragem de Hoover Dam na divisa do Arizona com Nevada ficamos surpresos com os fortes ventos que chegaram a deslocar o veículo lateralmente, tornando a travessia da ponte sobre o rio Colorado extremamente assustadora. As placas indicando fortes ventos no local que já havíamos observado quando seguíamos para Grand Canyon não estão no local por acaso. Já na ida havíamos percebidos os ventos, mas não naquela intensidade. Os ventos fortes explicaram também porque as muretas da ponte são altas não permitindo visualizar o Lake Mead, lago formado pela represa.


Nas 6 (seis) noites restantes da viagem, dedicadas exclusivamente a Las Vegas, ficamos hospedados no Paris Hotel. Diferentemente do Wynn e do Bellagio o Paris peca pelos detalhes. O check in é demorado, o mesmo ocorrendo com o serviço de quarto. Solicitamos duas taças a recepção e foram elas entregues decorridas mais de 1 (uma) hora, explicando a funcionária a demora pelo reduzido número de funcionários. Além disso, foi cobrada a disponibilização das taças o que não ocorreu no Wynn e no Bellagio onde elas já se encontravam disponíveis no quarto. O hotel apesar de sua imponência e proposta de representar o glamour de Paris necessita de uma revitalização. O hotel na área comum procura reproduzir o clima das ruas de Paris, caracterizando-se pela extravagância típica de Las Vegas. O ponto alto do hotel é o restaurante Mom Amí Gabi localizado aos pés da réplica da Torre Eifel e em frente ao hotel. Destaca-se não só pelo clima romântico, mas pela qualidade da comida.
   
Entre os diversos shows optamos pelo “O” em cartaz no hotel Bellagio e pelo Viva Elvis em cartaz no Ária, ambos do Cirque de Soleil. Para o espetáculo “O” foi montado um palco com 5.600m3 de água que possibilita a realização de acrobacias com alto grau de dificuldade, o que impressiona.



O musical Viva Elvis ao contrário do Beatles Love é nostálgico por contar a trajetória de Elvis acentuando sua morte precoce. O hotel Ária onde é apresentado o Espetáculo Viva Elvis é uma tração a parte. O hotel é moderno e de extremo bom gosto, apesar do clima pouco descontraído em seu interior. O Buffet do restaurante é excelente e uma visita a ele é um bom pretexto para conhecer o hotel que ainda possui um café, uma chocolateria e uma sanduicheria também excelentes.  

O melhor de Las Vegas é a noite com seus neon, extravagâncias, restaurantes, casas noturnas, shows, enfim, a agitação e os programas para todos os públicos. Nossa permanência na cidade coincidiu com o feriado prolongado do President Day. A cidade ficou lotada de americanos, comprovando pela heterogeneidade do público a vocação de Las Vegas para atrair diversos públicos. Algo que nos impressionou foi a oferta de sexo pago, sendo as pessoas assediadas durante o dia e a noite na rua por latinos com material de divulgação de garotas. Aliás, em alguns cassinos há mulheres seminuas dançando sobre as mesas de jogo. Ou seja, os próprios cassinos tem públicos específicos. Durante o dia, um dos programas de Las Vegas é visitar as outlets. No entanto, para quem já visitou as outlets de New York e da Flórida as de Las Vegas são decepcionantes pela pouca variedade de produtos. Nas lojas localizadas nos shopping do centro da cidade há produtos mais interessantes que dispensam inclusive a visita as outlets. Destacam-se para compras o The Fórum, anexo ao hotel Ceaser, e o Crystais, anexo ao Ária. Aqueles que buscam uma opção de qualidade com preços interessantes a Cheesecake Factory no The Fórum é uma opção muito interessante de alimentação. Em Las Vegas a alimentação e as acomodações são muito mais acessíveis que em outras regiões dos Estados Unidos.
Um pouco distante do centro, para hikers e bikers, se encontram lojas especializadas em esporte outdoor e em bicicletas que valem a visita devido a qualidade dos produtos e os preços inferiores aos praticados no Brasil que justificam a compra mesmo com o pagamento do imposto de importação, fato que nos motivou comprarmos duas bikes.
Aqueles que buscam fugir um pouco do agito e os excessos de Las Vegas as redondezas possuem interessantes atrações. Além do Grand Canyon cuja entrada mais próxima fica apenas 200km da cidade, o Red Rock Canyon é outro ponto de interesse sendo possível locar uma bicicleta próxima a estas colinas vermelhas e percorrer os 20km da estrada panorâmica. No ponto mais alto da estrada é possível ter uma visão completa da cidade de Las Vegas. Outro ponto interessante para visitação é o Lake Mead National Recreation Área, lago artificial formado pela construção da represa Hoover Dam, o qual pelo pouco tempo disponível não foi possível explorar com a atenção necessária.
Em Las Vegas são tantas as atrações que é necessário programar-se. Mesmo optando em ficarmos 6 (seis) dias seguidos, ainda deixamos a cidade sem aproveitar todas as opções que ela proporciona.  

DICAS:
Tomar café ou brunch nos hotéis em Las Vegas é uma boa opção para conhecer os cassinos e suas atrações;
Whole foods (www.wholefoodsmarket.com) para compra de produtos alimentícios diferenciados;
Para uma excelente refeição com qualidade de preços acessíveis visite a The cheesecake Factory (www.thecheesecakefactory.com);
Outra boa opção para uma refeição são as franquias 'Panera Bread'

A compra dos shows pode ser feita com descontos em pontos espalhados pela cidade que vendem determinado setor sem a reserva de assento que é feito no momento da apresentação do ticket no guichê da bilheteira. Com 1h de antecedência conseguimos excelentes assentos para os shows, inclusive com upgrade do setor, sem custos, no Viva Elvis pela baixa procura;
Não se preocupe com as roupas a serem levadas na viagem, mesmo nos hotéis mais sofisticados há pessoas circulando quais mais variadas roupas, desde moletons a casacos de pele;
Aproveite as lojas da Apple para acessar seus e-mails, pois as lojas permitem o uso dos equipamentos que estão em exposição;
Acesse a internet gratuitamente nas lojas da 'Starbucks' 
A distância entre Las Vegas e a entrada oeste do Grand Canyon, onde fica a Skywalk, é de 200 Km. A Skywalk fecha às 4:40 pm, horário do estado do Arizona, que tem uma diferença de 1 hora a mais em relação ao estado de Nevada.