No final de 2010, quando retornávamos da Nova Zelândia decidimos participar de uma corrida nos EUA aproveitando que estaríamos de férias em fevereiro de 2011. Pesquisando em sites especializados descobrimos que neste período ocorreria a DEATH VALLEY BORAX HALF AND MARATHON e utilizando o evento como ponto de partida programamos a viagem.
Por se encontrar o Death Valley próximo ao estado de Nevada, estabelecemos como pontos chaves da viagem Las Vegas, Grand Canyon, Yosemite Park e o Sequóia National Park. Decidimos ser Las Vegas o ponto de chegada e saída por ser a cidade com maior estrutura e próxima dos principais pontos de interesse da viagem.
Inicialmente tentamos adquirir as passagens com milhagem pela American Airlines, no entanto, desistimos desta opção por serem os vôos longos, com várias escalas o que tornaria a viagem extremamente cansativa. Assim, compramos pelo ‘site’ Decolar as passagens pela American Airlines que apresentavam melhor valor e menor tempo de viagem, com uma única escala em Dallas. Partimos do Brasil no dia 1º de fevereiro e chegamos em Dallas dia 2. Já na saída do Brasil fomos informados das tempestades de neve que assolavam os EUA, inclusive vôos para a costa leste haviam sido cancelados. Chegamos em Dallas no tempo previsto, no entanto, nosso vôo para Las Vegas às 7h30 foi cancelado em virtude das condições climáticas e apenas embarcamos para Las Vegas no período da tarde. Em Dallas fomos informados que no dia anterior o aeroporto havia permanecido fechado devido a severidade das tempestades, tanto que o período recebeu o apelido de “Snowgedon”. Sabíamos desde o início do planejamento da viagem que haveria riscos de tais intempéries em virtude de ser inverno no hemisfério norte, inclusive de que o acesso ao Yosemite Park estaria fechado, pois a highway 120 que corta o Yosemite permanece fechada durante o inverno nos desfiladeiros de Tioga e Sonora o que nos impediria conhecer a cidade fantasma de Bodie considerada a mais autêntica e preservada da época do Velho Oeste e o Mono Lake, considerado o mar morto da Califórnia e onde recentemente foi encontrada a única forma de vida (microorganismo) no planeta que tem em sua composição arsênio ao invés de fósforo.
Após três horas no interior do avião, aguardando na fila para decolagem em decorrência dos vôos atrasados e medidas de segurança para não congelamento da fuselagem, partimos para Las Vegas. O vôo, como o do Brasil para Dallas não apresentou nenhum contratempo e chegamos por volta das 6h em Las Vegas, sem tempo hábil, no entanto, para irmos ao show da Cher que infelizmente encerrava naquele dias as apresentações na cidade. Como estaríamos em Las Vegas em três oportunidades distintas, optamos ficar em hotéis diferentes, mesmo porque uma das atrações da cidade são os hotéis temáticos.
Nas duas primeiras noites na cidade optamos pelo Hotel Wynn que, por não ser final de semana, apresentava diárias mais acessíveis (chegamos a cidade quarta-feira). No hotel, na hora do check in, acolhemos a sugestão do atendente e fizemos um upgrade da acomodação mais simples para a suíte Deluxe com vista panorâmica, a final estávamos na cidade dos exageros. A decisão de fato mostrou-se acertada.
O hotel de fato é fabuloso com excelente estrutura (academia, piscinas, etc), ficando evidente a preocupação com os mínimos detalhes, desde a limpeza impecável até as condições gerais do hotel que não apresenta sinal algum de desgaste. É claro que o hotel possuía aquele famoso exagero típico de Las Vegas que reconhecidamente não possui o charme e o ar descolado de outras cidades americanas, como New York. A cidade, com seus hotéis temáticos e exagerados, remete a um parque de diversões com opções para todos os públicos, com atrativos muito além dos cassinos que fizeram sua fama. Talvez uma boa definição para cidade tenha sido dada por um amigo que a pouco havia visitado a cidade: Disney para adulto. Desde a chegada é perceptível que praticamente tudo acontece na Las Vegas Boulevard, rua onde estão os principais hotéis.
Este primeiro período em Las Vegas seria para descansarmos da viagem porque no sábado, dia 5, teríamos a corrida pela frente no Death Valley. Assim, nos limitamos a curtir a estrutura do hotel e irmos ao show ‘Beatles Love’, do Cirque Du Soleil, que é fantástico, fazendo jus as críticas positivas que havíamos lido sobre ele. Para os fãs dos Beatles é programa imperdível.
Na sexta-feira, já com o carro que alugamos do Brasil (Avis) e após passarmos no supermercado Whole Foods e comprarmos algumas provisões porque sabíamos que no Death Valley a estrutura é bastante simples, seguimos em direção ao local da prova, distante 230km de Las Vegas. Percorremos as highways 95 e 190 até Furnace Creek. O acesso é por uma estrada sem movimento que corta o deserto do Mojave.
O Death Valley (vale da morte) localiza-se no estado da Califórnia próxima a divisa do estado de Nevada, sendo o vale o ponto mais profundo, mais árido e quente da América do Norte. Em julho de 1913 foi registrada a temperatura mais alta do planeta 56,6 C. No inverno, a temperatura mais baixa registrada no vale também foi em 1913 - 9,4C. Em 1996 foi registrado o verão mais quente e prolongado: 40 dias com temperatura acima de 48ºC!.
Badwater um pequeno lago turvo de água salgada a 86m abaixo do nível do mar é o ponto mais profundo das Américas. É interessante caminhar pela planície de sal do Badwater para sentir a desolação do Death Valley. O nome Badwater decorre da alta concentração de sal na água que a torna imprópria para consumo. Aliás, o nome Vale da Morte decorre do período da exploração do oeste americano em que muitos exploradores perderam a vida no local devido ao clima inóspito.
Programa interessante para aqueles que visitam o Badwater é percorrer a ‘Artits Drive’ via de mão única que passa em meio a colinas esculpidas pela erosão.
Outro ponto de interesse no Vale da morte, além do Badwater (onde é disputada uma ultramaratona, são 217km, no mês de julho - em pleno verão no hemisfério norte! -) é o Zabriskie Point. O local possui uma paisagem árida formada pela erosão onde pode ser observado o melhor por do sol do vale. Percebemos que o Death Valley é muito explorado por ciclistas, além dos tradicionais motociclistas com suas Harley Davidson.
A estrutura do Death Valley como já prevíamos é bastante simples, havendo poucas opções de hospedagem dentro do vale. O The Ranch Furnace Creek, foi nossa escolha por ser o local da largada e chegada da corrida. As acomodações são bastante simples. Apesar da acomodação simples o local é bem cuidado e agradável, destacando-se a piscina externa aquecida que pode ser usada inclusive no inverno.
Após a corrida, realizada no sábado, dormimos no Death Valley e no domingo pela manhã seguimos em direção a Fresno, distante 550km do ponto em que nos encontrávamos. O percurso pela Highway 190 no Death Valey é interessante em virtude da desolação do local – no Dante’s View é possível ter uma vista geral do vale - o que nos fez pensar na dificuldade encontrada pelos primeiros exploradores da região.
Ao término da highway 190 chega-se a highway 395 onde é possível seguir em direção ao norte para o Mono Lake e a cidade fantasma de Bodie, ingressando no Yosemite Park pela entrada leste ou seguir em direção ao sul e ingressar no parque pela entrada oeste. Por sabermos que a rodovia 140 que corta o parque permanece fechada de novembro a maio na altura do desfiladeiro Tioga, fomos obrigados a utilizar a entrada oeste, próxima a Fresno. Seguimos em direção ao sul entrando na highway 178 e a seguir na highway 155, onde, chegando a cidade de Delano seguimos pela highway 99 até Fresno. A opção de seguir pela 155 a Delano, caminho mais curto, não se mostrou a mais apropriada. A rodovia é extremamente sinuosa e, em razão da altitude, apresenta nesta época do ano gelo na pista com possibilidade de ser fechada, circunstância que tornou sua travessia bastante perigosa.
Em Fresno ficamos no Best Western Fresno Inn localizado próximo a um shopping e uma filial do restaurante Cheesecake Factory que além da qualidade, apresenta preços interessantes. O hotel, por sua localização torna-se uma excelente opção de hospedagem.
A cidade de Fresno não possui atrativos sendo apenas ponto de apoio para a chegada ao Yosemite.
No dia seguinte, partimos para o Yosemite no início da tarde. Nosso destino seria o Hotel Tenaya Lodge localizado na entrada do Yosemite Valley para aqueles que partem de Fresno. Seguimos pela highway 41 e a seguir entramos na highway 140. Felizmente o tempo estava bom e a estrada de acesso ao hotel e ao Yosemite Valley abertas.
O hotel Tenaya Lodge fica na entrada do parque, cerca de 45min do centro de visitantes – Yosemite Village. O hotel possui boas acomodações com quartos amplos, possuindo dois restaurantes o que é interessante porque não há cidades próximas e devido a época do ano, o deslocamento à noite é complicado diante da possibilidade de gelo na pista e neblina.
Permanecemos no hotel por 3 (três) noites, o que nos permitiu ficarmos dois dias inteiros no parque – o acesso ao parque é pago: U$ 20,00 por veículo com validade de 7 (sete) dias. Neste período fizemos algumas trilhas próximas ao centro de visitantes. Para aqueles adeptos de hikking aconselhamos um período maior. No entanto, nesta época do ano muitas trilhas e estradas ficam fechadas o que limita as atividades, mas a visita neste período proporciona, em contrapartida, um visual diferenciado e um menor número de pessoas, pois vale lembrar que o Yosemite é o parque mais procurado pelos americanos no verão o que o torna tumultuado e não aconselhável neste período e em feriados prolongados.
A permanência prolongada na região do parque é indicada para aqueles que curtem atividades ao ar livre, especialmente hikking.
Infelizmente por se encontrar a highway 140 fechada retornamos a Fresno. O ideal seria seguir pela 140, cortando todo o parque até a highway 395 onde seria possível visitar o Mono Lake e a cidade de Bodie. Em nosso roteiro este dia estava em aberto, pois não sabíamos, devido a época do ano, se conseguiríamos visitar o Yosemite. Tivemos sorte que o período do ‘snowgedon’ havia se encerrado no dia anterior a nossa chegada em Dallas e, nos dias seguintes foi retirada a neve da highway 140 encontrando-se o acesso a Yosemite Village liberada.
De volta a Fresno optamos novamente pelo Hotel Best Werstern devido a sua boa relação custo/benefício. Além da localização, o café da manhã e Internet de alta velocidade incluídos na diária são pontos fortes do hotel.
Nosso próximo destino seria o Sequóia National Park onde se localiza a Giant Forest.
De Fresno seguimos pela highway 180, rota cênica pela visualização das sequóias gigantes. Para ter acesso ao parque é necessário pagar U$ 20,00 por veículo, podendo este ingresso ser utilizado por sete (7) dias.
O ponto alto da estrada é a Giant Forest onde é possível ver ao longo da estrada as sequóias gigantes. No percurso se observa a terceira maior árvore do mundo a The General Grant Tree com 1.254 toneladas, 82m de altura, 33m de circunferência e 1.700 anos. Ainda é possível ver a maior árvore do mundo a The General Shermann Tree com 1.385 toneladas, 84m de altura, 31 metros de circunferência e 2.200 anos. A visualização das sequóias ao longo da rodovia é o que justifica a visita ao parque.
Deixamos a highway 180 que atravessa o parque das Sequóias e seguimos pela highway 65 com destino a Bakerfield, 230km de Fresno, com o objetivo de pernoitar na cidade. Em Bakerfield ficamos no hotel Spring Suítes By Marriot. Hotel simples com destaque para o café da manhã incluído na diária, com boa variedade de itens. A cidade não apresenta pontos de interesse.
Pela manhã seguimos em direção a Barstow, pela rodovia 58 e, na cidade de Mojave pegamos a 14 até Inyorkern, visitando no trajeto o Red Rock Canyon State Park, localizado nas margens da rodovia. A partir de Bakerfield o cenário volta a ser o deserto de Mojave. Apesar de algumas formações interessantes, o Red Rock não impressiona, como não impressiona a rodovia 14 para aqueles que já visitaram o vale da morte.
Chegando em Inyorkern seguimos pela rodovia 395 sentido sul até o entroncamento com a rodovia 58 que dá acesso a Barstow, cidade cortada pela mítica rota 66. Ainda na hihgway 395 visitamos uma surpreendente loja de antiguidades com várias quinquilharias referentes a rota 66 e outros produtos vintage. Percorrer a loja, independente de qualquer compra já vale a parada. Ainda encontraríamos outras lojas de antiguidades quando percorremos um trecho da rota 66, mas não com a variedade de produtos autênticos.
Após a aquisição de alguns itens, seguimos para Barstow. A cidade foi importante ponto de apoio para aqueles que seguiam de Chicago a Los Angeles pela rota 66. Barstow hoje é uma cidade decadente, sem pontos de interesse a não ser o fator histórico de ser cortada pela legendária rota 66. Na cidade ficamos no hotel Best Werstern Villa Inn que, na verdade, trata-se de um motel, com pouca estrutura, mas dentre as poucas opções foi a que julgamos a mais interessante. A cidade possui um museu dedicado a ferrovia com algumas locomotivas. Nos guias de viagem e revistas a cidade é referida como um ponto de compras, no entanto, as outlets não fazem sombra as localizadas na cidade de Las Vegas.
Outra atração de Barstow é Calico Ghost Town. Calico foi uma cidade fundada em 1881 onde foi extraída grande quantidade de prata. Em seu auge a cidade possuía 4mil habitantes. Com a queda do valor da prata em 1895, a cidade foi abandonada. Hoje os prédios de madeira remanescentes do período dão uma idéia de como eram as cidades no período do Velho Oeste, fato que justifica a visita apesar de hoje a cidade estar um tanto descaracterizada, mas por se encontrar nas margens da rodovia, a visita é um programa interessante.
De Calico seguimos pela highway 15 em direção a Las Vegas, 330km de Barstow onde faríamos o pernoite para seguirmos em direção ao Grand Canyon. Nesta noite, em Vegas, ficamos no hotel Bellagio que consideramos o melhor entre aqueles que utilizamos. O Bellagio, assim como o Wynn, preocupasse com os mínimos detalhes.
A concepção do hotel é de um vilarejo italiano. Um dos pontos altos do hotel é o show das águas (dancing fountains) que ocorre em intervalos de 15 minutos em frente ao hotel e pode ser visto por aqueles que passam pela Las Vegas Boulevard, também conhecida por ‘The Strip’. Aproveitamos o resto dia para curtir a estrutura do hotel e descansarmos.
No dia seguinte, à tarde seguimos para o estado do Arizona pela highway 93 até Kingman e pegamos a highway 40 sentido leste em direção a entrada sul do Grand Canyon, South Rim, distante 445km de Las Vegas. A entrada sul é a que possui maior estrutura para atender o turista. Na cidade de Willian pega-se a rodovia 64 que termina na entrada do parque. Ficamos no hotel The Grand Hotel. O local onde se situa o hotel, Tusayan, alguns minutos da entrada do parque, possui uma pequena estrutura com postos de combustíveis, lanchonetes e um supermercado. Na Grand Canyon Village, no interior do parque, há uma estrutura semelhante. Aqueles que dormem no Grand Canyon devem ficar atentos porque os restaurantes fecham às 21h nesta época do ano. A entrada sul do Grand Canyon é a mais interessante e possui maior estrutura. No centro de visitantes é possível adquirir mapas para hikking pelo parque.
O acesso ao parque é pago. O ingresso, válido por 7 (sete) dias custa US$ 25,00 por carro ou US$ 12,00 para pedestres, motociclistas ou ciclistas. O ingresso inclui o serviço de shuttle bus que circula pelo parque em três linhas e que permite desembarcar em todos os mirantes próximos ao centro de visitantes.
As trilhas que descem por 1500 metros até o rio Colorado, base do cânion, são difíceis e exigem preparo físico. Para aqueles que não são adeptos de hiking é possível, de carro, circular pela borda superior do Grand Canyon e parar em mirantes específicos demarcados em mapas que são fornecidos no centro de visitantes. Há também a opção de utilização do serviço de shuttle bus, ou mesmo fazer o percurso pela trilha plana pavimentada que contorna a parte superior do cânion planejada para crianças, idosos e cadeirantes.
Optamos por fazer a trilha South Kaibab Trail que possibilita cruzar para o North Rim pela Kaibab Suspension Bridge distante 5,5 km do ponto inicial da trilha. A trilha apesar de curta exige preparo físico e a disponibilidade de um dia em razão da longa descida e respectiva longa subida no retorno. As trilhas que dão acesso a parte inferior do Grand Canyon são um programa imperdível para aqueles adeptos de hiking e exigem uma permanecia maior no parque. O período de duas noites que reservamos para visitar o parque foi insuficiente para explorarmos todas as atrações, especialmente as trilhas da base do cânion com vistas de perder o fôlego.
Imperdível e programa concorrido para aqueles que visitam o parque é o por do sol de qualquer mirante do parque.
No retorno para Las Vegas passamos na cidade de Williams localizada na mítica rota 66. A cidade não tem grande interesse a não ser o fator histórico e as reminiscências da rota 66 que cruza a cidade. A cidade frustra as expectativas de quem busca artigos genuínos da época áurea da rota 66 quando ela era a principal ligação de Chicago a Los Angeles. Os artigos à venda são em sua quase totalidade réplicas feitas em escala comercial que pecam pela falta de originalidade.
Após uma breve visita a Williams, retornamos a Las Vegas pela rodovia 40. Com o objetivo de passarmos por um autêntico trecho da route 66 em Ash Fork deixamos a rodovia 180. Este trecho da rota 66 até Kingman que não se encontra sobreposta as modernas highway é pitoresca, passando por algumas cidades com vários postos de gasolina abandonados e construções decadentes. Atualmente as highways substituíram a rota 66 e poucos trechos foram mantidos da rodovia original.
Após Kingman, já na highway 93, seguimos em direção a entrada oeste do Grand Canyon (West Rim), localizada apenas 204 km de Las Vegas. Nosso objetivo era conhecer a Skywalk. Após um trecho de estrada sem pavimentação chegamos as 16h na entrada do parque. No entanto, o acesso ao parque já estava fechado. No centro de visitantes descobrimos que o estado do Arizona possui fuso horário 1h a mais do que o estado de Nevada e na verdade eram 17h. Apesar da impossibilidade de nos aproximarmos da borda do cânion percebemos que a entrada sul é mais bonita e a única justificativa para visitar a entrada oeste é o interesse em andar na Skywalk. No acesso a entrada oeste do Grand Canyon passa-se por uma floresta das típicas e pitorescas árvores de Josué – Joshua Tree.
Já noite seguimos para Las Vegas. Ao passarmos pela barragem de Hoover Dam na divisa do Arizona com Nevada ficamos surpresos com os fortes ventos que chegaram a deslocar o veículo lateralmente, tornando a travessia da ponte sobre o rio Colorado extremamente assustadora. As placas indicando fortes ventos no local que já havíamos observado quando seguíamos para Grand Canyon não estão no local por acaso. Já na ida havíamos percebidos os ventos, mas não naquela intensidade. Os ventos fortes explicaram também porque as muretas da ponte são altas não permitindo visualizar o Lake Mead, lago formado pela represa.
Nas 6 (seis) noites restantes da viagem, dedicadas exclusivamente a Las Vegas, ficamos hospedados no Paris Hotel. Diferentemente do Wynn e do Bellagio o Paris peca pelos detalhes. O check in é demorado, o mesmo ocorrendo com o serviço de quarto. Solicitamos duas taças a recepção e foram elas entregues decorridas mais de 1 (uma) hora, explicando a funcionária a demora pelo reduzido número de funcionários. Além disso, foi cobrada a disponibilização das taças o que não ocorreu no Wynn e no Bellagio onde elas já se encontravam disponíveis no quarto. O hotel apesar de sua imponência e proposta de representar o glamour de Paris necessita de uma revitalização. O hotel na área comum procura reproduzir o clima das ruas de Paris, caracterizando-se pela extravagância típica de Las Vegas. O ponto alto do hotel é o restaurante Mom Amí Gabi localizado aos pés da réplica da Torre Eifel e em frente ao hotel. Destaca-se não só pelo clima romântico, mas pela qualidade da comida.
Entre os diversos shows optamos pelo “O” em cartaz no hotel Bellagio e pelo Viva Elvis em cartaz no Ária, ambos do Cirque de Soleil. Para o espetáculo “O” foi montado um palco com 5.600m3 de água que possibilita a realização de acrobacias com alto grau de dificuldade, o que impressiona.
O musical Viva Elvis ao contrário do Beatles Love é nostálgico por contar a trajetória de Elvis acentuando sua morte precoce. O hotel Ária onde é apresentado o Espetáculo Viva Elvis é uma tração a parte. O hotel é moderno e de extremo bom gosto, apesar do clima pouco descontraído em seu interior. O Buffet do restaurante é excelente e uma visita a ele é um bom pretexto para conhecer o hotel que ainda possui um café, uma chocolateria e uma sanduicheria também excelentes.
O musical Viva Elvis ao contrário do Beatles Love é nostálgico por contar a trajetória de Elvis acentuando sua morte precoce. O hotel Ária onde é apresentado o Espetáculo Viva Elvis é uma tração a parte. O hotel é moderno e de extremo bom gosto, apesar do clima pouco descontraído em seu interior. O Buffet do restaurante é excelente e uma visita a ele é um bom pretexto para conhecer o hotel que ainda possui um café, uma chocolateria e uma sanduicheria também excelentes.
O melhor de Las Vegas é a noite com seus neon, extravagâncias, restaurantes, casas noturnas, shows, enfim, a agitação e os programas para todos os públicos. Nossa permanência na cidade coincidiu com o feriado prolongado do President Day. A cidade ficou lotada de americanos, comprovando pela heterogeneidade do público a vocação de Las Vegas para atrair diversos públicos. Algo que nos impressionou foi a oferta de sexo pago, sendo as pessoas assediadas durante o dia e a noite na rua por latinos com material de divulgação de garotas. Aliás, em alguns cassinos há mulheres seminuas dançando sobre as mesas de jogo. Ou seja, os próprios cassinos tem públicos específicos. Durante o dia, um dos programas de Las Vegas é visitar as outlets. No entanto, para quem já visitou as outlets de New York e da Flórida as de Las Vegas são decepcionantes pela pouca variedade de produtos. Nas lojas localizadas nos shopping do centro da cidade há produtos mais interessantes que dispensam inclusive a visita as outlets. Destacam-se para compras o The Fórum, anexo ao hotel Ceaser, e o Crystais, anexo ao Ária. Aqueles que buscam uma opção de qualidade com preços interessantes a Cheesecake Factory no The Fórum é uma opção muito interessante de alimentação. Em Las Vegas a alimentação e as acomodações são muito mais acessíveis que em outras regiões dos Estados Unidos.
Um pouco distante do centro, para hikers e bikers, se encontram lojas especializadas em esporte outdoor e em bicicletas que valem a visita devido a qualidade dos produtos e os preços inferiores aos praticados no Brasil que justificam a compra mesmo com o pagamento do imposto de importação, fato que nos motivou comprarmos duas bikes.
Aqueles que buscam fugir um pouco do agito e os excessos de Las Vegas as redondezas possuem interessantes atrações. Além do Grand Canyon cuja entrada mais próxima fica apenas 200km da cidade, o Red Rock Canyon é outro ponto de interesse sendo possível locar uma bicicleta próxima a estas colinas vermelhas e percorrer os 20km da estrada panorâmica. No ponto mais alto da estrada é possível ter uma visão completa da cidade de Las Vegas. Outro ponto interessante para visitação é o Lake Mead National Recreation Área, lago artificial formado pela construção da represa Hoover Dam, o qual pelo pouco tempo disponível não foi possível explorar com a atenção necessária.
Em Las Vegas são tantas as atrações que é necessário programar-se. Mesmo optando em ficarmos 6 (seis) dias seguidos, ainda deixamos a cidade sem aproveitar todas as opções que ela proporciona.
DICAS:
Tomar café ou brunch nos hotéis em Las Vegas é uma boa opção para conhecer os cassinos e suas atrações;
Whole foods (www.wholefoodsmarket.com) para compra de produtos alimentícios diferenciados;
Para uma excelente refeição com qualidade de preços acessíveis visite a The cheesecake Factory (www.thecheesecakefactory.com);
Outra boa opção para uma refeição são as franquias 'Panera Bread'
A compra dos shows pode ser feita com descontos em pontos espalhados pela cidade que vendem determinado setor sem a reserva de assento que é feito no momento da apresentação do ticket no guichê da bilheteira. Com 1h de antecedência conseguimos excelentes assentos para os shows, inclusive com upgrade do setor, sem custos, no Viva Elvis pela baixa procura;
A compra dos shows pode ser feita com descontos em pontos espalhados pela cidade que vendem determinado setor sem a reserva de assento que é feito no momento da apresentação do ticket no guichê da bilheteira. Com 1h de antecedência conseguimos excelentes assentos para os shows, inclusive com upgrade do setor, sem custos, no Viva Elvis pela baixa procura;
Não se preocupe com as roupas a serem levadas na viagem, mesmo nos hotéis mais sofisticados há pessoas circulando quais mais variadas roupas, desde moletons a casacos de pele;
Aproveite as lojas da Apple para acessar seus e-mails, pois as lojas permitem o uso dos equipamentos que estão em exposição;
Acesse a internet gratuitamente nas lojas da 'Starbucks'
A distância entre Las Vegas e a entrada oeste do Grand Canyon, onde fica a Skywalk, é de 200 Km. A Skywalk fecha às 4:40 pm, horário do estado do Arizona, que tem uma diferença de 1 hora a mais em relação ao estado de Nevada.
Aproveite as lojas da Apple para acessar seus e-mails, pois as lojas permitem o uso dos equipamentos que estão em exposição;
Acesse a internet gratuitamente nas lojas da 'Starbucks'
A distância entre Las Vegas e a entrada oeste do Grand Canyon, onde fica a Skywalk, é de 200 Km. A Skywalk fecha às 4:40 pm, horário do estado do Arizona, que tem uma diferença de 1 hora a mais em relação ao estado de Nevada.