O destino NZ nasceu de dois pontos de interesse que a viagem do segundo semestre de 2010 deveria reunir: estudar inglês e realizar atividades outdoors, especialmente hikking. Assim, presumindo a presença em menor número de brasileiros que nos USA e Canadá e ser a NZ a capital dos esportes de aventura a escolha do país foi natural. Além disso, ao lermos sobre o relato de um casal que circulou pelo país by campervan elogiando a estrutura formidável dos campings não havia dúvida de ser a NZ a escolha certa para a viagem do segundo semestre de 2010.
PLANEJAMENTO
Em virtude do trabalho, o tempo a ser despendido na viagem seria de no máximo 2 (dois) meses. Assim, optamos por cursarmos 4 (quatro) semanas de inglês em Auckland e reservar 15 (quinze) dias para rodar pela Nova Zelândia de campervan. O planejamento da viagem foi a escolha de período considerado como baixa temporada na NZ (outubro/novembro), a escola de inglês e o período de duração do curso na cidade de Auckland. Compramos no Brasil o curso (Eurocentre), a passagem área (Lan) e hospedagem em Auckland com uma empresa especializada em cursos de línguas no exterior.
A escolha da empresa com a qual alugaríamos a campervan e o trajeto a ser percorrido na NZ foram definidos em Auckland, ocasião em que decidimos rumar para Queenstown (ilha sul e lugar dos esportes radicais) por uma costa da ilha e retornarmos por outra costa, o que possibilitaria conhecer o máximo do país em 15 dias.
A opção da campervan foi em virtude de não precisarmos reservar hotéis, portanto sem o compromisso de estarmos em determinado dia e em determinado lugar, não havendo também perda de tempo com a escolha de hospedagem durante a viagem.
DADOS SOBRE O PAIS
A população da NZ é de aproximadamente 4.2 milhões de habitantes, sendo que 75% vivem na ilha norte.
Auckland possui cerca de um milhão e duzentos mil habitantes sendo a maior e mais populosa cidade da NZ, localizando-se na ilha norte, já Christchurch é a maior cidade da ilha sul com 800.000 habitantes.
A capital é Wellington que fica na extremidade sul da Ilha norte possuindo cerca de 800.000 habitantes
E...
SSiimmm.... há muito mais ovelhas que pessoas, fato constatado na ilha sul.
AUCKLAND:
Ficamos hospedados por cinco semanas em Auckland no Oaks I Stay Residence (NZ$ 650,00 por semana), no centro da cidade, quatro delas fazendo curso de inglês no Eurocentre. O Oaks na verdade não se trata de um hotel propriamente dito, mas de apartamentos equipados com cozinha e máquinas de lavar e secar roupas. Dependendo da posição do apartamento e andar tem-se vista para a Sky Tower e para o Viaduct Basin. Os apartamentos foram reformados recentemente e estão em excelentes condições. A acomodação deixou a desejar nos quesitos limpeza e utensílios para preparo das refeições, fato este que nos obrigou a comprar alguns utensílios (panela, por exemplo). Apesar de ser a maior cidade da NZ, Auckland não tem muitas opções de diversão. As lojas, bares e restaurantes fecham cedo. As lojas por volta das 17h30/18h. Os restaurantes por volta das 22h; apenas os supermercados fecham mais tarde, por volta das 23h. Os pubs, apesar de fecharem mais tarde, apresentam maior movimento entre 17 e 21h. Curiosos acerca do horário de fechamento do pubs, perguntamos a alguns locais o porquê e obtivemos como resposta que o transporte coletivo diminui sua freqüência após as 21h o que dificulta o retorno das pessoas as suas residências. Observe que, se o pub ou restaurante informar o horário de fechamento, saiba que: 30min antes deste horário você já não será atendido, pois os funcionários começam a limpar o local para sair no horário do fechamento.
Dos locais que visitamos em Auckland recomendamos como imperdíveis a Sky Tower onde se tem uma visão completa da cidade, o ideal é realizar a visita perto do fim da tarde para ver o pôr do sol e Auckland by night. Outros pontos de interesse são a rua Parnell com seus vários restaurantes e pubs e a Tamaki Drive, estrada de 8km com ciclovia que contorna a orla de Auckland utilizada para prática de esportes como ciclismo e corrida além de possuir praias e pequenos parques dotados de banheiros, mesas para picnic, chuveiros e bebedouros. Na Tamaki Drive é praticamente impossível circular independente do horário e dia da semana e não encontrar corredores e ciclistas apesar do vento insistente e desencorajador para prática destas atividades. Por causa deste vento Auckland é conhecida como Sailing City (cidade da vela), como se pode observar pelas referências no Viaduct Basin das edições da World Cup e dos inúmeros barcos a vela ancorados na baia de Auckland.
Há várias opções de veículos para camping na NZ. Há desde de motorhomes equipados com cozinha, banheiro e chuveiro até veículos simples adaptados, chamados campervans, com minifrigobar, utensílios básicos para camping (louças, panelas e fogareiro), e cama no seu interior. Optamos por um modelo simples de campervan (adaptado), sendo a locadora a empresa Spaceships, com diária no valor de NZ$ 105,00, incluindo GPS.
Com relação a locação da campervan não tivemos maiores problemas, salvo o fato de termos de traduzir nossas carteiras de motorista pelo custo médio de NZ$ 50,00 cada uma. O ideal é fazer a carteira internacional do Brasil que custa em torno de R$ 30,00
PRIMEIRO DIA:
Saímos da cidade de Auckland por volta das 15h30 após pegarmos a camper e comprarmos mantimentos no supermercado.
Partimos em direção a ilha sul, mais precisamente a Papamoa Beach com a intenção de conhecer o litoral da ilha norte. Ficamos no camping Papamoa Beach Top 10 Holiday Resort localizado na beira da praia. As instalações são excelentes. Os banheiros e cozinha coletivos são novos e muito limpos. Devido a excelente impressão que tivemos do camping (rede Top 10) decidimos preferencialmente ficar nos campings desta rede.
O Top 10 opera da seguinte maneira: paga-se um valor pelo número de pessoas que utilizarão cozinha e banheiros coletivos, havendo também a possibilidade da utilização de barracas, assim como há possibilidade de acomodações com cozinha e banheiros privativos, ou apenas camas para aqueles que viajam de carro e sem barraca. No escritório do camping é fornecido um mapa com o local especifico para estacionamento do veículo. Normalmente o preço por pessoa em campervan que não utiliza energia elétrica é o mesmo para aqueles que ficam em barracas, variando o preço de 17,00 a NZ$21,00 por pessoa. Para aqueles que optarem por uma espécie de cabana (quarto com cama(s) sem banheiro ou cozinha) a diária é em torno de NZ$ 100,00.
O Top 10 opera da seguinte maneira: paga-se um valor pelo número de pessoas que utilizarão cozinha e banheiros coletivos, havendo também a possibilidade da utilização de barracas, assim como há possibilidade de acomodações com cozinha e banheiros privativos, ou apenas camas para aqueles que viajam de carro e sem barraca. No escritório do camping é fornecido um mapa com o local especifico para estacionamento do veículo. Normalmente o preço por pessoa em campervan que não utiliza energia elétrica é o mesmo para aqueles que ficam em barracas, variando o preço de 17,00 a NZ$21,00 por pessoa. Para aqueles que optarem por uma espécie de cabana (quarto com cama(s) sem banheiro ou cozinha) a diária é em torno de NZ$ 100,00.
Neste dia chegamos ao camping por volta das 20h, ainda a tempo de ver um maravilhoso pôr do sol. Após jantarmos, nos recolhemos para nossa casa móvel a fim de experimentarmos o que é dormir em uma campervan. Não podemos dizer que a primeira noite foi muito agradável, pois além de termos que nos acostumar com a “cama”, havia muito vento.
No dia seguinte, após uma caminhada pela praia rumamos em direção a Ohakune.
SEGUNDO DIA:
Em direção a Ohakune passamos por Rotorua onde aproveitamos para conhecer os geysers do parque Te Puía. Passamos cerca de duas horas no local, sendo a maior atração o Pohutu Geyser com jatos de até 30m. A cidade de Rotorua é bastante turística e possui boa estrutura, sendo que a chegada a cidade pode ser sentida pelo cheiro de enxofre no ar. O local vale a visita.
Ao retornarmos a campervan tivemos a surpresa desagradável de não conseguirmos abri-la por termos esquecido os faróis acesos o que provocou o descarregamento da bateria. Acionamos o sistema de socorro das estradas e por NZ$ 65,00 em menos de uma hora o problema foi resolvido. Por causa do imprevisto chegamos em Ohakune por volta das 21h, estando todos os estabelecimentos da cidade fechados.
A cidade é ponto de apoio para explorar o parque nacional Tongariro com destaque para três vulcões acessíveis mediante hikking de um dia. No inverno a cidade é ponto de apoio para a prática de ski. No caminho a Ohakune passamos pelo Lake Taupo, nas margens da cidade de mesmo no nome. A cidade de Taupo possui boa estrutura e é bastante turística ao contrário de Ohakune. O local é agradável e merece ao menos um pernoite. No lago são realizados esportes outdoors com destaque para o Skydive operado pela mesma empresa de Queenstown.
TERCEIRO DIA:
Seguimos direto para Wellington pois nosso objetivo principal era conhecer as atrações da ilha sul, indicada como mais interessante pelos guias e pelos próprios neozelandeses, também conhecidos como kiwis (descendentes de ingleses que colonizaram a NZ).
Chegamos em Wellington por volta das 12h. Deixamos o veículo em um estacionamento e circulamos pela cidade. Wellington, a capital do país, é menor que Auckland e se situa em uma baía com um belo visual. No entanto, como Auckland, não possui grandes atrativos a não ser a própria beleza natural.
Naquela tarde fizemos o ‘booking do ferryboat’ para ilha sul. Em Wellington ficamos novamente no Top 10 Holiday Park, também próximo ao centro da cidade o que facilitou o acesso ao ferry operado pela empresa Bluebridge que fica no centro da cidade.
Naquela tarde fizemos o ‘booking do ferryboat’ para ilha sul. Em Wellington ficamos novamente no Top 10 Holiday Park, também próximo ao centro da cidade o que facilitou o acesso ao ferry operado pela empresa Bluebridge que fica no centro da cidade.
No dia seguinte pegamos o ferry rumo a ilha sul às 14h. Chegamos em Picton (cidade onde os ferries atracam na ilha sul) por volta das 18h. A cidade é pequena e sem atrativos e, em razão de estar anoitecendo por volta das 20h neste período do ano, aproveitamos parar seguir adiante até Kaikoura. Seguindo pela Highway 1 (litorânea leste da ilha), o trecho Picton - Kaikoura é muito bonito e lembra o Big Sur na California - USA. Para os apreciadores de vinho, a região de Marlborough, nas proximidades da cidade Bleiheim, localizada entre Picton e Kaikoura apresenta várias vinícolas com possibilidade de tour e degustações lembrando o Napa e o Sonoma Valey nos USA em termos de organização, mas não na qualidade dos vinhos.
A pequena cidade de Kaikoura se localiza em uma praia e o interesse turístico deve-se ao avistamento de baleias e focas, vistas, inclusive, da rodovia. Dormimos em nossa campervan no camping Top 10 Holiday Park e consideramos este camping e o de Papamoa Beach como os mais agradáveis dentre os que ficamos durante nossa viagem.
QUARTO DIA:
No dia seguinte rumamos em direção a Christchurch, maior cidade da ilha sul onde fomos a oficina da Spaceships para conserto do ar condicionado da van que desde o primeiro dia não funcionou.
Chegamos na cidade próximo ao meio dia, deixamos a camper na oficina e circulamos pelo centro da cidade, bastante agradável com vários bares e restaurantes além dos típicos fast foods. A cidade apresentava vários sinais do terremoto ocorrido há cerca de 4 meses estando alguns prédios históricos interditados com danos significativos. A cidade é bonita, mas como nosso objetivo era explorar as belezas naturais da NZ deixamos a cidade no final da tarde, assim que a campervan foi substituída por outra, dada a impossibilidade de conserto imediato. Seguimos em direção a Omarama por indicar o mapa que a estrada passaria por vários lagos e montanhas. Dormimos em Fairlie onde chegamos próximo das 22h e o escritório do Top 10 já estava fechado, no entanto, fomos informados que poderíamos deixar a camper em alguma vaga disponível, utilizar a estrutura do camping e pagar na manhã seguinte. Assim procedemos.
QUINTO DIA:
Após o café da manhã passamos na cidade que se restringe a uma rua (como quase todas as cidades da ilha sul). A cidadezinha de Farlei é ponto de apoio para atividades no Mount Cook, especialmente hikking. Seguimos no sentido de Dunedin. No caminho passamos pelo Lake Takapo com um visual extremamente bonito com o imponente Mount Cook ao fundo. Outro belo lago no caminho é o Lake Pukaki.
Entre os dois lagos há um canal artificial utilizado para o cultivo de salmão. Além de visita aos viveiros para alimentar os salmões é possível adquirir o peixe no local na forma de sashimi para lanche. Após o lake Pukaki, a estrada perde a beleza apesar de passar por outros lagos com montanhas ao fundo, mas que dada a época do ano já se encontravam com pouca neve.
Entre os dois lagos há um canal artificial utilizado para o cultivo de salmão. Além de visita aos viveiros para alimentar os salmões é possível adquirir o peixe no local na forma de sashimi para lanche. Após o lake Pukaki, a estrada perde a beleza apesar de passar por outros lagos com montanhas ao fundo, mas que dada a época do ano já se encontravam com pouca neve.
Chegamos na cidade de Oamaru, localizada no litoral por volta das 16h e fomos visitar uma praia utilizada pelos pingüins-de-olho-amarelo (Yellow Eye), espécie mais rara do mundo que utiliza a praia para fazer seus ninhos. Ao anoitecer os pingüins retornam do mar para suas tocas, momento em que é possível visualizá-los. Próximo dali há outra colônia de pingüins, conhecida como a menor espécie do mundo, os pingüins azuis. Para avistá-los é necessário pagar uma taxa. Como já anoitecia, decidimos dormir em Oamaru para no outro dia seguirmos para Dunedin, novamente o camping Top 10 Holiday Park foi nossa escolha.
SEXTO DIA:
Chegamos em Dunedin por volta das 10h. A cidade é agradável com vários prédios históricos com destaque para Railway Station, Municipal Chambers, Law Courts, todos localizados no centro da cidade.
A cidade possui ladeiras e algumas ruas íngremes lembram San Francisco na Califórnia pelo estilo e a forma que as casas foram construídas. Além da arquitetura a cidade não oferece outros atrativos, por isso seguimos em direção a Te Anau, porta de entrada para o Fiordland National Park onde se situa o mais famoso fiord da NZ: o Milford Sound. Te Anau se localiza nas margens do belo lago de mesmo nome. A cidade é pequena mas possui boa estrutura para os turistas com alguns bares, restaurantes, cafés e supermercados sendo o ponto de apoio mais próximo para visitar o Milford Sound, visita esta que realizamos no dia seguinte.
SÉTIMO DIA:
Na cidade de Te Anau é possível realizar passeios pelo lago, mas como nosso interesse maior era o Milford Sound para lá nos dirigimos.
A estrada é cinematográfica passando em sua grande parte por dentro do parque Fiordland National Park, com vários pontos de interesse para fotografias: picos nevados, lagos, rochedos, serra e túnel, esses dois últimos lembrando a estrada do Caracol, na fronteira entre Argentina e Chile.
A estrada merece ser percorrida lentamente em virtude da exuberância da natureza e por ser o cartão postal da NZ.
A primeira vista do Milford Sound é impressionante, a grandiosidade do local transmite a noção exata que a natureza ali é soberana e o ser humano é um mero visitante, tanto é assim que nenhuma reprodução fotográfica ou filme traduz a magnitude dos rochedos brotando do mar e formando desfiladeiros.
O passeio de barco nos Fiords é programa obrigatório que pode ser comprado no local. Os horários e a duração são variados, mas qualquer opção feita permitirá apreciar a beleza do local, inclusive com o avistamento de focas peludas, pinguins e golfinhos que acompanham os barcos. Após o passeio de 2h30 ficamos contemplando os fiords cujo visual muda constantemente em virtude do fortes ventos, podendo haver chuva, sol e neblina, tudo isso em um curto espaço de tempo, circunstâncias essas que aumentam ainda mais a grandiosidade do local. Retornamos a cidade de Te Anau, onde dormimos por mais uma noite.
Para aqueles que gostam de hikking existe a possibilidade de realizar a trilha guiada denominada ‘Milford Track’, classificada como fácil, com duração de 8h, que incluiu uma travessia no Lake Te Anau até o início da trilha cujo término é no Milford Sound. Não se trata o Milford Track da trilha de 5 (cinco) dias considerada a mais bonita do mundo também em Milford Sound.
OITAVO DIA:
Após duas noites em Te Anau nos dirigirmos a Queenstown, para nós o ponto de referência na ilha sul, pois a cidade é conhecida como a capital dos esportes radicais.
Antes, porém, optamos por avançar um pouco mais para o sul da ilha e fomos até o Lake Manapouri por uma rodovia indicada como rota cênica, onde foram gravadas cenas da triologia do filme Senhor dos Anéis. O lago e a rodovia são de fato bonitas, valendo a pena a visita. O lago fica em frente a montanhas, que ainda estavam nevadas naquela época do ano. Seguimos mais adiante na rodovia em direção ao Lake Monowai também por acesso descrito como rota cênica, no entanto, apesar de várias montanhas já não mais havia neve o que deixou o visual pobre, nos fazendo concluir que a rota cênica deveria ter esta indicação apenas no inverno ou início da primavera.
Retornando a Te Anau seguimos em direção a Queenstown, pela Rodovia 6, que a partir de Kingston passa a ser novamente cinematográfica porque margeia um lago até a cidade de Queenstown. Era final de tarde e o sol se pondo com o lago de um lado e os picos nevados de outro foi uma daquelas paisagens inesquecíveis. Na estrada já estávamos entusiasmados com Queenstown. Chegamos na cidade ao anoitecer e nos instalamos no camping Top 10, localizado no centro da cidade (existe outro camping da mesma rede, mas não no centro). Deixamos a camper e circularmos pela cidade a pé. Com certeza Queenstowon é a cidade melhor estruturada na ilha sul para receber os viajantes.
NONO E DECIMO DIAS:
A cidade de Queenstown localiza-se na extremidade de um lago, constituindo o visual um belo cartão postal. A cidade é pequena e direcionada exclusivamente para os viajantes com hotéis e restaurantes de boa qualidade, apresentando opções para as diversas faixas etárias e interesses, mas com vocação para esportes outdoors e radicais. Há desde cavalgadas a skydive, passando por passeios de barco, biking, hikking, bungyjumping, escalada, etc. As atividades necessitam em quase sua totalidade de reservas antecipadas, geralmente com um dia de antecedência e não são baratas o que foi uma surpresa negativa e limitou a realização das mesmas. O salto clássico de bungy jumping na KAWARAU BRIDGE, por exemplo, sai por NZ$ 185,00 não incluídos aí a filmagem e fotos, não obrigatórios, mas indispensáveis! Fizemos o salto clássico de bungy na KAWARAU BRIDGE (43m) por ser possível mergulhar no rio e outro salto no SHOTOVER CANYON SWING com 109m.
A diferença do swing para o bungy é que neste a pessoa é amarrada pelos pés e naquele pela cintura. A experiência é fantástica. Apesar dos poucos segundos é indescritível, basta apenas ter coragem e saldo bancário para a brincadeira. Também fizemos o SHOTOVER JET, passeio em um barco ultra rápido onde o piloto realiza manobras arriscadas passando muito próximo aos rochedos do canyon do rio Shotover. Após os saltos, o Shotover Jet pareceu um tanto desinteressante pela ausência “daquela” adrenalina.
Uma surpresa desagradável foi encontrar um dos pneus da campervan vazio em uma manhã. Já havíamos considerado tal possibilidade em razão do estado do pneu (careca). Um Australiano que se encontrava no camping com sua esposa prontamente nos ofereceu ajuda para trocar o pneu, localizar o local para repará-lo, sugerindo, inclusive entrarmos em contato com a Spaceships (empresa que nos locou o veículo) para substituição do pneu sem custos, pois aquele pneu oferecia risco a nossa segurança.
Entramos em contato com a Spaceships na cidade de Auckland e esta nos indicou o local para avaliação, onde o pneu foi substituído sem custos.
DECIMO PRIMEIRO DIA:
Antes de partirmos de Queenstown para retornarmos a Auckland, já estávamos com saudades da cidade. Pela manhã subimos o Skyline gôndola, melhor local para se ter uma vista de Queenstown e seus arredores. No alto da gôndola há trilhas para hikking, sendo elas pesadas por serem em aclive. Chegamos a um ponto pouco acima de onde ocorrem os saltos de paragliding. A caminhada vale pelo visual.
Retornando da gôndola visitamos um parque onde é possível ver a ave símbolo da NZ, o Kiwi. O pássaro não voa, tem hábitos noturnos e é um tanto desengonçado sendo possível observá-lo alimentando-se em diferentes horários do dia em local simulando a noite e o habitat natural da ave.
Deixamos Queenstown por volta das 16h, após passarmos por Arrowtown, cidade histórica de apenas uma rua e preservada com as características do século 19, época de extração de ouro na região, local onde havia uma colônia de chineses.
Deixamos Queenstown por volta das 16h, após passarmos por Arrowtown, cidade histórica de apenas uma rua e preservada com as características do século 19, época de extração de ouro na região, local onde havia uma colônia de chineses.
Seguimos então em direção a cidade de Franz Josef. No entanto, devido ao horário dormimos em Haast Village próximo ao Mount Aspiring Park. A cidade é isolada e sem qualquer estrutura a não ser campings e motéis, com um único restaurante que já estava fechado quando chegamos por volta das 21h.
O Mount Aspiring Nacional Park é cortado por uma rodovia e possui várias trilhas sinalizadas, sendo possível a realização de hikkings de diferentes graus de dificuldade. Achamos muito interessante a visita aos blues pots, rio de águas azuis localizado em meio a natureza intocada e acessível por uma trilha de fácil acesso e bem sinalizada com pontes suspensas. A cidade de Haast não tem campings da rede Top 10 Holiday Park, razão pela qual ficamos em outro camping próximo a rodovia. Ao chegarmos a administração já estava fechada e, em razão disso procedemos como na rede do Top 10, utilizando a estrutura do camping para pagar no dia seguinte. O Camping não possui boa estrutura, inclusive para tomar banho quente é necessário inserir moedas de NZ$ 0,50, cada uma delas garantindo 7 minutos de água quente. Este fato se revelou um problema, pois tínhamos cartão de credito, dólares NZ e dólares americanos, mas não tínhamos moedas de NZ$ 0,50. Felizmente, encontramos na cozinha outro viajante que aderindo ao espírito de camping, prontamente trocou dois dólares por quatro moedas de NZ$ 0,50 possibilitando um banho quente já que naquele dia chovia e fazia frio. Tal fato nos recordou quando estávamos na cozinha do camping em Te Anau por volta das 23h e trocamos moedas de 0,25 para um grupo de franceses que necessitavam delas para lavar e secar roupas.
DECIMO SEGUNDO DIA:
Ao pagarmos pela utilização do camping nos surpreendemos com o proprietário e administrador deste (Haast Lodge, highway Accommodation) indignado com nossa atitude de utilizarmos o camping sem pagamento prévio. Afirmou não ser problema dele termos chegado tarde e já se encontrar o escritório do camping fechado. Após seguimos em direção a Franz Josef. A estrada ao passar pelo Westland National Park tornasse extremamente bela, emoldurando o Mount Cook a passagem.
Visitamos o Fox Glacier e a seguir fomos em direção a Picton. No caminho escolhido para retorno passamos pelo centro da região de Marbourugh, conhecida produtora de vinhos. Infelizmente não pudemos visitar nenhuma vinícola em razão do horário e da necessidade no dia seguinte de pegarmos o ferryboat para ilha norte.
Chegamos a Picton por volta das 19h, fizemos o booking do ferry para o dia seguinte.
DECIMO TERCEIRO DIA:
Pegamos o ferryboat com a empresa Interislander às 10h. A travessia durou 3h, 1h30min mais rápida que a vinda com a empresa Bluebridge.
Ao chegarmos em Wellington seguimos diretamente para New Plymounth, costa oeste da ilha norte. A estrada a partir de Wellington não possui atrativos. Devido a este fato ao chegarmos em Wanganui seguimos em direção Ohakune onde já havíamos estado. Dormimos em Ohakune aproveitando por termos chegado às 19h para jantar em um dos poucos restaurantes da cidade.
DECIMO QUARTO DIA:
Fomos ao centro de informações a fim de pegarmos um mapa da região que indicasse algum hikking. Decidimos seguir em direção ao Tongarino National Park onde há um hikking que atravessa o parque passando por três vulcões, um deles ativo, com a produção apenas de fumaça.
A forma ideal de realizar este hikking é contratar um serviço de van pois são 18km somente de ida com grau de dificuldade alto devido a ascensão a cratera de um dos vulcões, sendo ideal fazê-lo ‘one way’, uma vez que a travessia leva cerca de 8 horas. Por não termos contratado o serviço de van, chegamos apenas até a metade do percurso, e retornarmos, mesmo porque começou a chover e ventava forte, havendo formação de um denso fog que nos impedia contemplar a paisagem.
Para aqueles que gostam de hikking é um programa imperdível.
A seguir passamos por Taupo e dormimos em Rotorua onde fizemos o último jantar no camping curtindo o clima de camaradagem (uma esponja, um detergente, um tempero, um sal, etc.) e dormimos a última noite em nossa camper, já tristes pelo fim da viagem e por sabermos que no dia seguinte a deixariamos em Auckland.
DECIMO QUINTO DIA:
Acordamos tristes com o fim da viagem e já com saudades da NZ. Tomamos café da manhã já planejando um retorno futuro e pensando, como em todo fim de viagem, que poderíamos ter aproveitado mais, imaginando como seria a mesma viagem pelo Outback na Austrália já que tanto a empresa da campervan como o camping Top 10 operam naquele país oferecendo uma experiência similar.
Seguimos em direção a Auckland onde chegamos por volta do 12h almoçando na Parnell Street, deixando a camper na empresa e seguindo para o hotel onde descansaríamos para no dia seguinte regressarmos ao Brasil.
ALGUNS ASPECTOS INTERESSANTES
VENTA MUITO na NZ e pela época do ano (primavera) fazia muito frio;
DIRIGIR na NZ é tranqüilo e a adaptação a MÃO INGLESA é rápida;
As PAISAGENS e atrações que são referência na NZ CONCENTRAM-SE na ilha sul;
Mesmo para aqueles que não curtem esportes radicais e outdoors a beleza de QUEENSTOWN e do MILFORD SOUND justificam reservar ao menos três dias na região;
Dois programas IMPERDÍVEIS na NZ: visita ao Milford Sound e bugy jumping;
TUDO fecha muito cedo, inclusive restaurantes e pubs;
Não perca muitos dias em Auckland, CONCENTRE SUA VIAGEM NA ILHA SUL;
O CUSTO da prática dos esportes outdoors são altos, separe um valor considerável para não ser surpreendido;
Não se iluda, na NZ não há OUTLETS. A NZ definitivamente não é um bom local para comprar
Não se iluda, na NZ não há OUTLETS. A NZ definitivamente não é um bom local para comprar
ALGUNS CUSTOS DE REFERÊNCIA:
Passeios: shootover: NZ$119,00 + NZ$65,00 photos
Canyon Swing: NZ$199,00 + NZ$80,00 photos
Jumping: NZ$ 185,00 + NZ$80 photos
Nevis jump: NZ$ 265,00
Nevis swing: NZ$ 235,00
Skydive: NZ$ 475,00
Combo: NZ$ 375,00
Gas: NZ$ 1,84,00/litro
Camping: NZ$ 17,00 a NZ$21,00 para Van e para cabana simples (somente cama) NZ$ 100,00 para duas pessoas –top 10 Holiday Park
Ferry: NZ$ 46,00 pessoa + NZ$200,00 bluebridge/interislandes
Campervan: NZ$ 105,00 a diária com GPS;
MC Donald`s: Number 1 – big mac combo NZ$ 8,10
Starbucks: NZ$ 4,00 regular coffe
ALGUMAS DICAS:
As campervan, em regra, são veículos com cerca de 10 (dez) anos de uso, certifique-se ao alugar das condições da van para não ser surpreender com ar condicionado que não funciona, pneus carecas e sistema de som inoperante;
Chegue nos camping até as 20h no máximo, melhor as 19h30, muitos fecham a partir das 20h;
Observe o horário de fechamento do restaurante e chegue ao menos uma hora antes;
Fique atento para que o marcador de combustível esteja sempre na posição meio tanque para não ser surpreendido, principalmente na ilha sul, com a ausência de postos de combustíveis ou com eles já fechados. Diferente do Brasil, não há postos de combustíveis ao longo das rodovias, apenas nas cidades.
Com exceção do supermercado, as lojas fecham entre 17h e 18h, inclusive shooping e centro de informações.Utilize quando possível a internet free nas bibliotecas públicas;
NÃO DEIXE DE COMER UM HAMBURGER NO FERG BURGER NO CENTRO DE QUEENSTOWN, HÁ FILAS DE ESPERA, MAS VALE A PENA.